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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Debate 08/09

Foi realizada pela TV Gazeta e pelo Jornal O Estado de São Paulo o debate no dia 08/09. Em mais uma reunião da democracia estiveram presentes os Candidatos à Presidente da República.

José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio compareceram, já a candidata Dilma Rousseff faltou a mais um debate pela segunda vez consecutiva. Dilma também se ausentou de Sabatinas para Jornais e para a internet.

Marina Silva. "Mais uma vez a Dilma não respeitou a nossa presença", afirmou. "A sociedade brasileira sente desconforto com esse desmando na Receita Federal", disse a candidata verde.

Plínio de Arruda, por sua vez, propôs que o governo deixe de pagar os juros da dívida para que possa elevar os gastos em educação de 3% para 10% do PIB (Produto Interno Bruto). "Dinheiro tem. Esse país tem dinheiro de sobra".

José Serra: "A segurança, no plano nacional, está largada. Só tem uma ou outra ação pequenininha, para efeito de marketing", criticou Serra, ao falar sobre a atuação do governo Lula na área. "O governo federal tem que entrar nessa luta", disse.

Plínio de Arruda: "Lula é continuação do FHC. É tudo farinha do mesmo saco".

José Serra: "Dilma, por que você aumentou tão fortemente o imposto federal sobre a energia elétrica, sob sua responsabilidade? Hoje, o Brasil tem a terceira tarifa de energia elétrica (mais cara) do mundo, e isso foi sob sua gestão", afirmou. "E por que manteve o imposto sobre saneamento que tira R$ 2 bilhões por ano do setor?", indagou.

Plínio chama Dilma de blefe - a candidata faltou ao debate
Plínio de Arruda: “Blefe”, por exemplo, foi uma das definições de Dilma cunhada por Plínio. O candidato do PSOL foi quem bateu mais duro na petista. Para ele, Dilma “não é do ramo”, “foi inventada”, “é uma invenção marqueteira”, “vai sempre com os capangas atrás”.

José Serra: “Dilma foge ao debate”, ela “tem dificuldade para explicar com franqueza o que pensa”, tem Fernando Collor como cabo eleitoral, aumentou imposto sobre energia elétrica, “o PT, da candidata Dilma, tem estado por trás desses vazamentos (de impostos e contas bancárias)”, ela “terceiriza até o debate (é o presidente do partido e o presidente da República que falam por ela)”.

Marina Silva: foi incisiva na crítica ao pronunciamento de Lula na propaganda de Dilma para defendê-la das acusações de violação de sigilo fiscal de aliados e familiares de Serra: “O presidente da República vem a público para dizer que as vítimas não têm nenhuma importância e sai apenas na defesa da sua candidata.”

José Serra, além de criticar a principal adversária repetidamente, falou de “saúde”, “segurança”, “trabalho” e, com menor ênfase, de “educação” e “impostos”. Ao mencionar o vazamento de dados pessoais de seus familiares.

Marina Silva incorreu na prática de sempre, e pareceu falar de um tema só, com diferentes palavras: “meio ambiente”, “ambiental”, “saneamento”, “licenciamento”, “florestas”, “naturais”, “esgoto tratado”. Mesmo quando falou de “desenvolvimento”, foi para tentar conciliá-lo com sustentabilidade. Seu momento alto foi quando criticou o governo Lula demonstrando indignação.

Plínio de Arruda manteve o papel de franco atirador. Como de hábito, foi o mais engraçado. Arrancou risos e até aplausos da plateia em mais de uma ocasião. Criticou Dilma, Lula e, com menos frequência, Serra e Marina (”tudo farinha do mesmo saco”). Falou de “educação pública”, de “igualdade” e, para rebater as “cifras” de Dilma (”são enganação”), enumerou as suas próprias, todas negativas para o governo federal. Nesse ponto, limitou seu eleitorado a quem acha “que está tudo errado”.

Fonte: TV GAZETA, Jornal O Estado de São Paulo

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