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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

País não desenvolve sem infraestrutura

Artigo do Jornal o Estado de São Paulo

A qualidade da infraestrutura brasileira piorou em relação ao resto do mundo pelo segundo ano consecutivo.

Desta vez o País despencou 20 posições no ranking global de competitividade do Fórum Econômico Mundial, de 84º para 104º lugar. Em 2010, já havia perdido três colocações por causa da lentidão do governo para tirar projetos importantes do papel.

No ranking mundial a qualidade das estradas brasileiras caiu 13 posições e está entre as 25 piores estruturas dos 142 países analisados.

"A economia brasileira está crescendo e a infraestrutura está estagnada, em deterioração." avalia o consultor para logística e infraestrutura da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil, Luiz Antonio Fayet.

Um dos pontos críticos, é a qualidade dos portos brasileiros que caiu sete posições e está entre os 13 piores sistemas avaliados pelo Fórum Econômico Mundial.

"Precisamos dar um salto na infraestrutura, tanto em quantidade como em qualidade", destaca o diretor executivo da Associação dos Usuários dos Portos da Bahia, Paulo Villa.

A maior crítica é que, apesar da forte demanda e da existência de locais disponíveis, o governo não faz licitações de áreas públicas nem permite que a iniciativa privada faça terminais privativos.

"O empresariado está bastante pessimista em relação à infraestrutura brasileira", afirma o coordenador do Núcleo de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda.

A qualidade das ferrovias brasileiras foi a que recebeu a menor nota e o setor caiu 4 pontos no ranking. "É uma sinalização de que os outros países, que em 2010 estavam atrás do Brasil, conseguiram melhorar a sua infraestrutura" afirma o coordenador. 

No geral a infraestrutura brasileira recebeu nota de 3,6. "É uma posição muito ruim para o País.".

Comentário
Não há país que se desenvolva, que consiga crescer, gerar empregos e fortalecer a sua economia sem que sejam feitos investimentos maciços na infraestrutura.

O que se tem visto nos últimos anos é pirotecnia, marketing e publicidade através da criação de siglas fantasiosas como o PAC e o PAC2 que apesar de muito explorados pelo Governo e pela mídia, não tem mostrado resultado claros, afinal, a cada ano a nossa infraestrutura se apresenta mais deteriorada e sucateada.

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